mais sobre mim

subscrever feeds

Sábado, 26 DE Janeiro DE 2013

a modo de manifiesto

hermanos
si os dicen que caí no les creáis
siempre estaré aquí entre vosotros
en el crepúsculo de las mariposas
esperando como una estación sin trenes
a que la muchedumbre se apodere de las plazas
a que un murmullo inunde los balcones e inflame las banderas
a compartir con los de abajo el triunfo del hombre sobre la máquina
sucede que cada hombre tiene un destino y el mío
presumo que está aquí junto a estos papeles
quemando mis pestañas con verbos como fósforos
orbitando la materia de los sueños
como un loco perseguido por su sombra
no es una huida es un paso hacia adelante
si bien hasta ahora he tenido que inventarme mil excusas
para no atender mis más indómitos pensamientos
para no afrontar mi compromiso
ya va siendo hora                            
de coger el toro por los cuernos
soy consciente                                   
que ya es más el camino recorrido
que el que queda por andar
y es por eso que
en virtud del espíritu de quiénes me preceden
en el uso de las metáforas y de los símbolos celestes
asumo de una vez mi ideario
y empuño la palabra como una antorcha
tal vez pensábais erróneamente
que nada me quedaba por decir
que todas mis palabras habían sido ya enarboladas
sin embargo mi silencio aflora como un lago sin orillas
lleno de cisnes y de monstruos
de piedras que flotan en la distancia
de rifles que escupen lenguas de fuego
de astronautas perdidos en la noche sideral
de nieblas y de soles
nada hay más cierto ni más sentido
que este aire que envuelve los grandes momentos
que este niño que sueña y que nunca despierta
como un corazón latiendo
desde el centro mismo de la tierra
todos mis versos están con vosotros
todas mis manos y todas mis voces
toda la sed y toda la angustia
de un ser que sabe de su diminuta existencia
toda la grandeza de poder afrontar este destino
trágico y letal y a pesar de todo
seguir respetando los semáforos
y dando cuerda al reloj
no queda más que un ápice de firmamento sin estrenar
en el plato donde abrevan las moscas de la rutina
es necesario seguir luchando hermanos
nunca lo he negado
cada cual que acuda a su atalaya
yo me quedo aquí para nombrar las luces del alba
para avisar del avance de las huestes enemigas
para que por fin un día de roja primavera
pueda morir de poesía entre vosotros
hoy quiero emparrar estos versos
para que crezcan mirando al cielo

            Emiliano G. Peces
tags:
publicado por Rojo às 02:08
Terça-feira, 06 DE Março DE 2012

Somos gregos

"Lisboa e Atenas encontram-se situadas na mesma latitude geográfica e espiritual."

Fernando Pessoa - escritos dispersos

tags:
publicado por Rojo às 23:47
Segunda-feira, 04 DE Abril DE 2011

Perguntas a uma feminista

Será injusto que não haja mulheres a comandar a guerra na Líbia? Ou será injusta a guerra na Líbia?

 

Será machista usar a habitual condenação por parte de organizações anti-guerra dos bombardeamentos de civis em especial quando se atingem mulheres e crianças? Ou será que seria melhor matar todos por igual?

 

As e os, os e as, @s, dras, drs, dr@s, senhoras e senhores... tudo não passam de construções sociais.

 

O mundo fica melhor com mais mulheres na política? O mundo é melhor quando as mulheres lideram um país? O mundo é melhor quando as mulheres tomam conta do poder económico? O mundo é melhor com as Merkel, Hillary Clintom, Condolezza Rice, Margaret Tatcher, Sarah Pallin, Maria Lurdes Rodrigues, etc, etc...

 

O mundo é melhor quando simplesmente passa a ser "a" e passa a ser "munda"?

 

O mundo é melhor quando fica claro que as mulheres não são frágeis porque isso é tudo um preconceito-estereótipo? O mundo fica melhor quando as mulheres provam que podem fazer tudo o que os homens fazem, mesmo as coisas mais abjectas?

 

O mundo é melhor pela simples troca: passa-se o poder do homem para a mulher?

 

São perguntas de um gajo "construído socialmente" no amor naif pelas mulheres e na identificação dos oprimidos como uma questão de classe, a minha classe d@s explorad@s.

Sábado, 15 DE Janeiro DE 2011

Não vou fumar esta noite

O mundo foi invadido por zombies

Políticos burgueses em estado catatónico

Caminhando num horizonte fixo

Sem nunca mudar de curso

Não importam as consequências

 

O próximo passo pode ser um precipício

O vizinho resiliente está te a apontar

uma carabina

Se te cortaram a cabeça

Ele ainda tem o dedo no gatilho

Se a carne que queres morder te é familiar

Ele contraiu a menbrana

O pelotão de fuzilamento está pronto

Défice... orçamento... estabilidade... mercados...

Austeridade... CAAAAARRRRRNNNEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 

(zzzaaasssssssssssssssssss)

É o mundo visto da retina dos zombies

 

Os trabalhadores já não comem lentilhas

Agora... chupam os dedos

Os políticos já não chupam os dedos

Agora comem as tuas visceras

Os banqueiros já não comem visceras

Agora comem carne humana

Os generais já não comem carne humana

Agora comem carne de zombie

 

(hush little baby don't you cry)

 

Cheira a putrefacção

O cadáver ainda não tinha digerido

a última refeição

Um disparo perfura o estômago

e deixa o suco gástrico esvair-se

com um ensopado de barrego

O que é preciso é rigidez cadavérica!

Rigidez cadavérica!

Rigidez cadavérica!

tags:
publicado por Rojo às 18:38
Terça-feira, 16 DE Novembro DE 2010

Os tempos mudaram

Os tempos mudaram desde Marx

O mundo mudou desde Lenine

O que vivemos hoje já nem se parece com o que viveu o Che

 

Há certas coisas que não mudam

Mas que a história não se repete continua a ser um facto

 

E não vale a pena estender uma bandeira branca e aceitar a derrota

Porque a verdadeira derrota é continuar a viver em Capitalismo

(quem sofre as suas injustiças sabe-o muito bem)

 

Não descobriremos a pólvora, nem sequer Marx o fez

Mas definitivamente precisamos de algo novo

 

Não há receitas, não há fórmulas

Mas há certamente a nossa capacidade de

Voltarmos a ser companheiros e camaradas

Do nosso vizinho, do nosso colega de trabalho,

Dos nossos amigos, familiares e amores

Até de um qualquer desconhecido

 

Se apenas percebermos essa identidade oprimida que nos une

Isso é suficiente para percorrermos esse caminho de horizonte revolucionário

 

Não esperemos vencer esta montanha numa qualquer madrugada

A luz que nos ilumina apenas de deve a sabermos que este barco vai zarpar

 

E mais vale estarmos bem acompanhados

tags:
publicado por Rojo às 20:28
Quarta-feira, 07 DE Julho DE 2010

Ter ou não ser

(e viva a poesia urbana e os gragitis)

 

Ter ou não ser, eis a questão

Ser ou não ter, eis a questão

Diria o William do Capitalismo...

 

Se não tens, não és ninguém, não és nada

Se tens muito, és grande, és poderoso

 

Tudo tem um preço... (o dinheiro é o "d"eus omnipresente)

Menos os meus sonhos, esses ainda não conseguiram privatizar.

tags:
publicado por Rojo às 21:21
Domingo, 23 DE Maio DE 2010

Tal vez ya nacemos muertos

Anoche la vi pasar.
Caminaba despacio
Parecía aletargada
como si ya estuviese dormida.
Sin ritmo, sin gracia
sin transmitir nada;
nada más que desconsuelo.
Era la vida.

Pude incluso escuchar
el terrible vaivén de su respirar
ahogada entre susurros.
Buscaba y no encontraba aire puro.
Era la vida,
la vida en moribundo.

También lloraba,
lloraba amargamente.
¿Dónde está el alma de mis hijos?
Preguntó.
¿Por qué a nadie
le preocupa mi decadencia?
Era la vida,
la vida sin presencia.

La noté hundida,
hundida en la miseria
rota por el dolor.
Quiso ponerle precio a su dignidad,
Después no tuvo para pagarlo.
Era la vida,
la vida anquilosada,
arruinada.

Finalmente cayó.
Su frágil cuerpo no pudo soportar más
el peso de su sufrimiento.
Cayó redonda al suelo y calló para siempre.
Era la vida,
la vida que se pierde.

Ya está muerta la vida.
La hemos matado entre todos.
Muerta por la imagen
por los estereotipos
por las apariencias
por el consumismo.
Muerta con la anulación
del ser por el tener.
Un suicidio.

Era la vida,
la vida que un día vivimos
tal vez sólo en sueños.
O Tal vez ni eso.
Tal vez ya nacemos muertos.



Pedro Antonio Honrubia Hurtado

tags:
publicado por Rojo às 15:12
Quarta-feira, 12 DE Maio DE 2010

No Limbo remix

Queres trabalhar

desempregado

 

Queres ser dono do teu destino

de bolsos vazios

 

Queres a Revolução

entre companheiros dispersos

 

Queres viver entre irmãos

no buraco da solidão

 

Queres lamber a pele da tua Musa

punhetas

 

Queres uma carícia ainda que fugaz

o Amor está muito caro

 

Sabes ao menos o que queres, o que queres ser e onde queres sê-lo

A tua vida está no Limbo, procuras o caminho no meio da escuridão

tags:
publicado por Rojo às 02:06

pesquisar

 

Julho 2013

D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

comentários recentes

  • Quem é o autor deste texto?Poderia utilizá-lo para...
  • Estou a ver na televisao informacao sobre a greve ...
  • Obrigado, eu também acho que escrever é terapêutic...
  • Este texto bonito. escrever é uma terapia natural ...
  • Bravo, alguém lê este blog! E vem cá despejar o se...
  • Pfft! Conversa típica de comunista. O que ganhou P...
  • A Revolução de Abril vive!
  • A Grécia agora é Terceiro Mundo...
  • España va bien...
  • Gosto de falar com uma mulherGosto de falar com um...

blogs SAPO


Universidade de Aveiro