Estado de guerra

Há um vento que sopra pela esquerda contra a austeridade na Europa.

 

Crises políticas vão somando à crise do euro:

2009 - cai o governo conservador da R. Checa - o actual governo (também conservador) sobreviveu por pouco a uma moção de confiança e é considerado um governo frágil (um partido burguês que se diz anti-corrupção foi apanhado precisamente num escândalo de corrupção)

2011 - num evento inédito o parlamento da Letónia foi dissolvido por mandato de uma referendo (94% a favor) convocado pelo presidente da República - das eleições antecipadas resulta vencedor uma coligação de esquerda pro-russa (que inclui os comunistas), num país onde o racismo contra a população russa minoritária e pobre está muito enraizado.

2012 - depois dos maiores protestos da história capitalista da Roménia contra a austeridade imposta pelo FMI, cai o governo de Emile Boc

2011 - A bem conhecida queda do governo de Papandreu  na Grécia, com o golpe palaciano que coloca Papademos no poder

2011 - Golpe suave na Itália, cai o governo de Berlusconi entra o governo de Monti nomeado pelo Reich de Merkel

2012 - Cai o governo na Holanda proque a direita não obtém maioria parlamentar para aprovar um pacote de austeridade - a extrema direita holandesa retira o seu apoio ao governo de direita e opõe-se à austeridade

 

As várias faces da extrema direita:

A perseguição, ilegalização e criminalização dos partidos comunistas nos países de leste chega a tomar a forma de prisões, demissões da função pública e proibição de expressar ideais comunistas em vários países.

Por outro lado e às vezes devido aos erros dos comunistas como na França e na Bulgária (onde se verifica um seguidismo em relação aos socialistas e um europeísmo de esquerda) os movimentos de extrema-direita tomam o lugar que devia ser da esquerda na oposição ao Euro-UE-NATO.

Na Hungria o governo de Viktor Orban é semelhante aos discursos de Sarkozy, uma colagem da direita tradicional com a extrema-direita (que na Hungria teve 17% dos votos na última eleição).

Na Estónia e na Lituânia os regimes anti-comunistas no poder mantém em vigor proibições e ilegalizações contra partidos comunistas e tal como na Letónia em todos esses países existe um Estado de Apartheid contra a minoria russa empobrecida (cerca de 25% da população na Estónia e Letónia).

 

Sondagens e votações que fojem do controlo das potências troikistas (desmembramentos do imperialismo da UE):

As sondagens já deram uma vitória à frente reformista anti-troika SYRIZA na Grécia - com quase 30%.

Na Holanda há sondagens que dão o primeiro lugar à esquerda socialista eurocéptica do Partido Socialista - cerca de 20%.

No País Basco a Esquerda Abertzale (independentista e eurocéptica) disputa pela primeira vez a vitória - com perto de 30%.

Na Irlanda o Sinn Fein da esquerda republicana eurocéptica está firme no segundo lugar em muitas sondagens - com mais de 20%.

Na Escócia o Partido Nacionalista Escocês obteve uma maioria absoluta no parlamento escocês reivindicando a independência - com 44%.

No Chipre um partido comunista, o AKEL, que obteve mais de 32% dos votos lidera uma governo de esquerda.

Na Letónia o Centro da Harmonia da esquerda pro-russa foi o partido vencedor das eleições de 2011 com 28% dos votos.

publicado por Rojo às 12:46