Roubalheiras à portuguesa: a Máfia da Cova e a Central de Descompusturas

Acusados no caso da Central de Compostagem
ANTÓNIO JOSÉ MORAIS, ANA SIMÕES E HORÁCIO LUÍS DE CARVALHO
O MP considera que houve favorecimento ao consórcio HLC. Processos de Silvino Alves e Jorge Pombo arquivado

 

Fonte: Máfia da Cova

 

António José Morais acusado de corrupção

Sexta-feira, Junho 22, 2007

 

António José Morais foi acusado pelo Ministério Público de crimes de corrupção e branqueamento de capitais no âmbito do inquérito sobre a construção de uma estação de tratamento de lixo na Cova da Beira. Neste processo, segundo informações recolhidas pelo Expresso, foram constituídos cinco arguidos, mas o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa determinou alguns arquivamentos.

 

O ex-professor de José Sócrates na Universidade Independente esteve ligado à construção do aterro sanitário, em 1996, através do seu gabinete de engenharia o GEASM que preparou o projecto, o programa do concurso, o caderno de encargos e avaliação técnica das propostas. O gabinete de António José Morais foi representado por Ana Simões Morais, a sua ex-mulher, uma vez que ele estava à frente do Gabinete de Estudos, Planeamento e Instalações (GEPI) do Ministério da Administração Interna.

 

O dono da obra foi a Associação de Municípios da Cova da Beira e o projecto foi executado pela empresa HLC. Só em 1999, após uma denúncia anónima, a Polícia Judiciária começou a investigar as suspeitas de corrupção denunciadas. O inquérito arrastou-se no tempo devido ao atraso nos pedidos de colaboração internacional feitos pelas autoridades portuguesas que procuravam o rasto de dinheiro que terá circulado em contas bancárias de alguns dos intervenientes neste processo. José Sócrates, à altura dos factos secretário de Estado do Ambiente, nunca foi ouvido no inquérito no qual foram constituídos cinco arguidos.

 

Além de Morais e da sua ex-mulher, foram ainda constituídos como arguidos Silvino Rui Alves, Horácio Luís de Carvalho (dono da empresa HLC) e Jorge Cruz Pombo, antigo presidente da Câmara da Covilhã. O Expresso não conseguiu apurar sobre quais destes arguidos é que foi proferido despacho de arquivamento.

 

Expresso/Máfia da Cova

 

Nota: E este António José Morais é um amigo de que Sócrates não poderá esquecer, pois ele esteve em todas.

publicado por Rojo às 00:02